A Bíblia
Os Membros de língua inglesa da Igreja Mórmon geralmente usam a versão King James da Bíblia. No Brasil, os membros adotaram a versão da tradução de João Ferreira de Almeida. Os Mórmons entendem que a Bíblia passou por inúmeras alterações durante os primeiros dois séculos de sua existência, mas eles acreditam que, desde que seja traduzida corretamente, a Bíblia contém as palavras de Deus. Cada membro deve estudar o Velho e o Novo Testamento e orar para saber a veracidade dos registros ali contidos. A palavra Bíblia vem originalmente do grego e significa “os livros”, então os membros da Igreja Mórmon acreditam que a Bíblia pode ser considerada como uma biblioteca de escritos que contêm os registros de revelações divinas.
Joseph Smith também traduziu uma versão da Bíblia que é conhecida como Tradução de Joseph Smith (TJS). A versão King James publicada pela Igreja contém referências de escrituras com as traduções de Joseph Smith, bem como um apêndice contendo algumas passagens desta tradução. Os Mórmons acreditam que a tradução de Joseph Smith corrigiu uma porção de erros feitos na tradução original e esclarece pontos doutrinais que podem ter sido traduzidos de maneira errada ou completamente perdidos.
A Bíblia contém duas partes: o Velho Testamento e o Novo Testamento. O Velho Testamento é o registro que era usado pelos Judeus da Palestina nos primeiros séculos A.C. e o Novo Testamento contém escritos do período no qual Jesus Cristo viveu na Terra.
Os Mórmons acreditam que ambas as partes são essenciais para o Cristianismo. O Velho Testamento contém muitas revelações e profecias de Cristo e de nossos dias, bem como ensinamentos de princípios essenciais através da lei e do exemplo. Jó conta uma poderosa história de perseverança espiritual e de fé, indiferente de toda perseguição furiosa que passou. Rute fala de lealdade, mesmo quando a lealdade não aparenta ter uma recompensa imediata. Os escritos de profetas como Isaías e Ezequiel são bonitos e imensamente valiosos, fazendo possível muitas leituras minuciosas e revelando mais e mais com cada leitura. A longa explicação da Lei de Moisés ensina-nos sobre obediência, mesmo quando não entendemos imediatamente os princípios ali envolvidos. Os livros de história contêm detalhes da oscilação entre a retidão e a falta dela do povo escolhido, a glória de seus heróis e as tragédias de suas quedas.
O Novo Testamento nos relata de um povo escolhido na vinda do Messias. Jesus Cristo, Seus ensinamentos, Sua Igreja, são as figuras centrais do Novo Testamento. Seu nascimento é o grande início do Novo Testamento, mas Sua morte não é o fim dele. Ele morreu pelas mãos dos seus, mas Ele sofreu e morreu pelos pecados de todos, para que todos pudéssemos ser perdoados por Deus e retornar a Sua presença. Os Apóstolos de Sua Igreja, também de Israel, continuaram o Seu trabalho até a suas mortes – depois da qual a doutrina Mórmon ensina que a Igreja de Cristo foi afligida por distorções, perdeu sua linha de autoridade celestial e caiu em apostasia. O Novo Testamento é um registro e um testamento de Cristo – também é um registro dos preceitos e organizações de Sua Igreja original. Ler o Novo Testamento é saber como Ele gostaria que vivêssemos com Ele e gostaria que amássemos nosso próximo assim como ele nos amou a todos nós.
